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domingo, janeiro 20, 2008
  Não hoje (fisica quântica para psicadélicos)
hoje não pararei de sorrir sem tempo, não pararei nas passadeiras, não pararei as palavras à espera que elas vão e me abandonem de vez. Hoje não terei segredos e não contarei verdades. Hoje não fiquei nem fui, andei de rua em rua, em passos de cada vez, à espera que não pensassem nada não sabendo em que pensei. Hoje os planetas juntaram-se nalgum lado e traçaram a minha fortuna: daqui a 12 mil anos estarei exactamente na mesma posição (matematicamente falando, qual caos qual carapuça) e não hoje, as mesmas causas, sob as mesmas circunstancias, não, não dão sempre os mesmos efeitos. Embalei-me pelas ruas e o tempo passou. ou fui eu que passei por ele? Ia entretida a cantarolar os meus passos, nem reparei.
 
sábado, janeiro 19, 2008
 

Não sei como sei:

Que alguns despejam os egos maltratados em instrumentos topo de gama, que respeitam demasiado o seu corpo em horas indesejadas e desprezam os dos outros nas horas do desejo, que alguns de nós passam pelo frio para se satisfazer com o atavismo de um corpo que fumega, que outros repetem numa sala de espelhos a sua própria maldição, que o passado afinal nunca passa, que o futuro afinal nunca deixou de o ser. Que outros já não sentem grande coisa até a faca acender o sangue, que os excessos já não magoam ninguém, que os dias ficam mais pequenos de vez em quando e maiores também de vez em quando, que aprendemos coisas que não sabemos ensinar. Se não vasculharmos na lama não encontramos pérolas, se partilharmos o silêncio partilhamos mistérios e segredos, se partilharmos as palavras partilhamos mistérios e segredos e silêncios maiores, que há sempre uma nuvem que nos acolhe e outra que nos encolhe, que de tudo podemos fazer uma teoria ou uma bela história sem verdade, que temos o direito à incoerência honesta entre a humildade e a arrogância. Que há coisas que nos sufocam e precisamos gritar, que chorar (uma vez por semana, ou uma vez por mês) faz bem e consola. Sei porque sei algumas coisas, e sei outras que esqueci, que a seu tempo se revelarão e sei que vou aprender outras coisas com outras pessoas e elas comigo, sem saber e sem querer, em vezes que não domino a voz e não domino os passos.

Não posso saber tudo, não é? Então pronto.

 

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