.comment-link {margin-left:.6em;}
sigNature
quinta-feira, junho 29, 2006
 
hole in my heart

tonight i was a whisper.
i love to see you laugh. happy. i followed your steps, trying not to fall over your lead.
i was here, tumbling over the shards.
whispering every step you take.

i loved to see you laughing.
in love. unbalanced.

so beautiful.
 
quarta-feira, junho 28, 2006
 
escorrendo

apanho as aparas do tempo no meio do chão, no meu colo cheio de poesia, na minha solidão escura sempre à espreita de uma presa. enquanto isso o mundo gira a cai sobre o seu próprio abismo. vou aos poucos arrependendo as inconfidências etilicas da noite e de todas as coisas que digo aos soluços. e arrependendo incontáveis carícias que me puxam o cabelo.

sinto uma mão pelas minhas costas à pressa, para aquele espaço que agora não se vê mas que sabe que lá está. sinto essa mão clandestina. sinto as palavras bem escolhidas pelos espaços virtuosos. mas elas não cabem na mão fugitiva. não cabem na lógica do desconhecimento e do medo. não cabem no constante controlar das letras. e gostava de encontrar mais do que uma desgarrada extemporânea de códigos.

escorro para dentro dos sentidos uma amalgama de cegueira, surdez e loucura. um fio de sangue e memória em volta do pescoço. uma condição electrica de ataraxia. o resto são miudezas. entranhas e instinto. a noite, a voz e a volta. o eterno caminho de retorno ao ventre.
 
sábado, junho 17, 2006
 
Rearview mirror (julgavas tu que eras único!)

revejo-me. em revolução. em reviravolta. em retorno. em revisão da matéria. em imaterialização da vista. em invisibilidade. em in_literalidade. em in_evitabilidade. in_vejo-me. como uma adulterancia do tempo e da realidade. como se nada. como se tudo. como-me. in_giro-me. in_visto-me de madrugada como se me despisse para a noite. desvelo-me como me velo, às claras e sem qualquer anseio que não uma corrente (de ar) e um lençol breve para me tapar o último suspiro antes do sono. escrevo-me. escravizo-me. assim, sem nome ou hora. sem deus nem amo.debaixo das nossas sombras. debaixo das nossas (i am legion) imagens multiplas e insondáveis más caras.

julgas tu que me vês? jamais. julgo eu que te vejo? não. sinto o teu cheiro nos outros como um vulgar predador. passo os meus dedos por ti como qualquer estranho que empurras.

não sabes a força que tens.

se soprar ... deito abaixo a casa que construiste de palha, de madeira, de tijolo, de neve, de sonho, de medo, de miragem, de escuridão.

se soprar...derroto-te.
 
segunda-feira, junho 12, 2006
 
5 Stages of grief

shock, denial, anger, depression, acceptance...

Não sei porque me fui lembrar disto agora. talvez porque acabei de pôr uma flor na campa da ilusão, mais uma vez. talvez porque esteja de novo de luto pela minha ingenuidade. talvez porque já não posso fugir mais e alguma coisa tenha mesmo que mudar. ainda bem que acabou. sem palavras de desculpa nem de raiva nem de nada, só de despedida, da minha despedida chocada, negada, raivosa, deprimida, aceite. o meu tempo é precioso.
 
domingo, junho 04, 2006
 
wuthering/withering heights

vivo lá em cima onde o vento sopra de manhã. onde ninguém vai. onde nunca estou. onde nunca chego de noite. onde ninguém encontra. onde ninguém sabe. vivo lá em cima no meio do caos, com uma companhia negra na almofada que me sufoca. onde ninguém me vê chorar de dor, ou cair, ou desmaiar de prazer. o meu castelo assombrado de memórias de ouro. o meu castelo promíscuo de sade e pasolini. o meu vacuo breve de polaroid. o meu refúgio erudito de quem eu construí. o meu covil. a minha toca. home. o sol que me toca os olhos no orgulho que amanhã esquecerei. onde os relógios nunca estão certos. onde as lâmpadas são claras demais. onde as moedas caem dos bolsos. onde os segredos têm que ser cativos. home. a rua mais improvável no centro da paralisia. a casa mais guardada pelos demónios mais bem guardados. a âncora no lodo. o epicentro da loucura.
 
quinta-feira, junho 01, 2006
 

(já não escrevia um poema há algum tempo; ilustração de -claro- Dave McKean)

cover

once we open the lid we are
sweet obstacles
ashes and storm within
maelstrom in black and white
fragments of fragmentated seconds
hidden by millenia of silence

we are
once opened
cracked severed mutiladed
we are irre_cover_able
stripped ripped raped
our gift of (true) dark nakedness

we are smoke and shadows and mirrors and sand from the east
we are here
on the dirty floor
on the empty dis_closed bed
on the magnifying glass of the fearful universe

we are so
preciously bound to it
we are it
hidden
inside the book
 

ARCHIVES
dezembro 2003 / janeiro 2004 / fevereiro 2004 / março 2004 / abril 2004 / maio 2004 / junho 2004 / julho 2004 / agosto 2004 / setembro 2004 / outubro 2004 / novembro 2004 / dezembro 2004 / janeiro 2005 / fevereiro 2005 / março 2005 / abril 2005 / maio 2005 / junho 2005 / julho 2005 / agosto 2005 / setembro 2005 / outubro 2005 / novembro 2005 / dezembro 2005 / janeiro 2006 / fevereiro 2006 / março 2006 / abril 2006 / maio 2006 / junho 2006 / julho 2006 / agosto 2006 / setembro 2006 / outubro 2006 / novembro 2006 / dezembro 2006 / janeiro 2007 / fevereiro 2007 / março 2007 / abril 2007 / maio 2007 / junho 2007 / agosto 2007 / setembro 2007 / outubro 2007 / novembro 2007 / dezembro 2007 / janeiro 2008 / março 2008 / maio 2008 / junho 2008 / julho 2008 / agosto 2008 / setembro 2008 / novembro 2008 / fevereiro 2009 / março 2009 / abril 2009 / maio 2009 / junho 2009 / agosto 2009 / janeiro 2010 /



NATURAS

Bewitched
Sangue na Navalha
Os Tempos que Correm
A Voz da Serpente
TropicalSocial
Erasing
Metrografismos
Matarbustos
Nihil's Shore
Isso é Muito Pouco...
93
Montanhas da Loucura
As Ruas da minha Casa
All about Drama
Contradições
UzineFanzine
Sade na Marquise
Loff

Powered by Blogger

[EFC Blue Ribbon - Free Speech Online]
Site 
Meter