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sigNature
sábado, março 29, 2008
  galvanismo ou a ausencia de referencias
era uma vez uma mulher que ouviu muito, aprendeu a ler e escreveu a sua imaginação. escreveu uma história de meios homens e meios monstros, de mulheres nulas e mulheres mortas, de homens moribundos de culpa e homens errantes de desejo. resultou em muitas teses, memórias e filmes. e o mundo gira. e as histórias contam-se às crianças e os adultos escrevem teses. o mundo gira com os meios monstros e as meias mulheres e meios homens que escrevem os seus meios pesadelos. victor ou victória. reza a história.
 
  guts
que é como quem diz entranhas... uma justiça amoral e cega, sem letras nem leis, uma cedência à nossa mesma medida nua de papeis. we don't play god. não nunca dá bom resultado. nós não sabemos nem temos nunca nada de verdade. só não sabemos. andamos à toa, todos. por dentro somos todos iguais. só muda o que escolhemos a dada altura. com as devidas consequências. sim. fracos e inúteis, reduzidos a medidas meias de metades. mas essas poucas que são. uma ética. sabemos nós mais disso? eu sei. não procuro a verdade.
 
quarta-feira, março 26, 2008
  erva doce
nasce do corpo que renasce verde. é mentira tudo o que te disseram. não é sangue, mas erva doce, o que nos nasce nas veias como uma inveja sã e um murmúrio ausente. é o gelo que derrete no chão e o fumo que se propaga no fim da sala junto a uma janela. é mais uma vez a verdade. é o que quer dizer. e confio no sangue, mas não é erva doce, nem me traz nem me leva a lado algum em data certa. não quero saber do sangue e sou mulher e ele vem e vai em data certa. nem de pactos nem de cartas nem das formas que ele tem, vivo ou morto. e o meu é falso. nada é tão verdadeiro como a erva doce. tudo o resto que te disseram é mentira. a tua forma esquecida tem esse cheiro de casa antiga na cama emprestada. resto de mistério derretido em calor. o aroma do terceiro dia. o respirar da cegueira e do dogma, mesmo gelado o sangue, mesmo a carne amortalhada em fumo. tudo o resto pode ser mentira, menos este gosto do chão e do fogo, menos esta feliz certeza do tempo. tudo o resto pode ser carne e sangue. mas esta verdade é minha, poção ou unguento, para fazer sem nome uma história sabendo a terra.
 
terça-feira, março 04, 2008
  Memoirs of earth (a poem about effects)


behold
how
the beginning of the world
looks just like
the end of the world

baren and fluid
water and dirt and fire and
the winds making cells and seeds
driven by a mad wish of being and belonging and becoming
hands and claws and blue fins and green ropes and red feathers


and minutes and prophecies mean nothing
and nitrogen is just a part of it
and the atom is just a part of it
and oil is just a part of it
and the burning sun was already there
and the full moon was there already

and all the beheld galaxies
(give or take a few dead ones)

behold
now
the light is relative and the dark is relative
and the end is relatively close as the beginning is

relatively close
behold the seas and the forests
once more
relatively close in our books and pictures and screensavers and greenhouses
and more or less precise statistics and countdowns

the end
as the beginning

And i have a beautiful – rare and exquisite – dead butterfly crushed on the sole of my boot.

 

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