.comment-link {margin-left:.6em;}
sigNature
segunda-feira, agosto 28, 2006
 



hard core dream

ever-presence, ever-sleep
ever-sense of wanting
smile of ever-scent
in the middle

a green paper dragon
your hard cock pressed to my mouth
the end of the world and time flushing the ever-knowledge of time
a night-dividing task and the clarity of hiding places
where everything made ab_sense

back and back through the hours
again twisting the kiss into torture and gratitude
again the ever-lust of crossing paths in the night

all that energy (you must have felt it too) of novelty
and desire
in the middle
all that revolutionary strenght at the core
that must have made you (as it made me) cum.
 
quinta-feira, agosto 24, 2006
 

back in business

a cidade acordou cá dentro. as ruas meio fluidas, meio sujas, meio transpiradas de estranhos, meio encontradas de novo, meio demoradas de perigo, meio calcinadas pela cafeina, meio depauperadas pela súbita renúncia do trânsito. a cidade meio ensonada toca-me com cuidado e avisa-me da minha hora de sair. medir o tempo até ao destino. descontar a palpebra pesada e o pesado sonambulismo pelos corredores matutinos. o ar imerso em água fresca e monoxido de carbono. as brilhantes rotinas que se cruzam sem beijos nem abraços.

é estranho saber que senti falta do levantar e baixar dos aviões. que senti falta desta dependencia dos telefones e das horas. que senti falta do olhar ameaçador dos vizinhos e das vítimas da multipla civilização. que senti falta do vago odor deste saco de gatos. é estranho saber que já sinto falta de uma ou outra sombra não muito longe. é estranho saber que as imagens se deixam pousar como pardais assustados nesta linha confusa que me comunica. esta linha sobrecarregada que me vigia e denuncia entre o amor e o sonho.
 
sábado, agosto 19, 2006
 
a voz
a voz que levanta os dias por entre os escombros, a nova canção da velha miséria, o novo poema rotineiro para algo mais ou menos pequeno guardado na palma da mão. a estranha timidez conquistada às horas e às palavras precisosas da madrugada. é a hora de falar em luz aberta, de concorrer a água pelos lábios, os dedos pelo tecido da lucidez. o abraço sofrego.
 
quarta-feira, agosto 16, 2006
 
o silêncio

gostava de ter palavras para gritar esta ironia, esta injustiça, este vazio, este lugar, esta perda, esta consciência maldita de não estar a sonhar, esta consciencia maldita de haver coisas que não se podem recuperar, que não se podem reviver, que não se podem conjugar de novo em palavras novas. com esta morte vêm todas as mortes jovens que não devem ser. e não tenho mais do que um silêncio de tristeza e homenagem às suas breves vidas.

condeixa, libano, palestina, whatever. o meu coração vivo sangra todos os dias. hoje sangra mais pela morte de um amigo. sentirei a tua falta nos meus dias e nas minhas noites, vasco.
 

ARCHIVES
dezembro 2003 / janeiro 2004 / fevereiro 2004 / março 2004 / abril 2004 / maio 2004 / junho 2004 / julho 2004 / agosto 2004 / setembro 2004 / outubro 2004 / novembro 2004 / dezembro 2004 / janeiro 2005 / fevereiro 2005 / março 2005 / abril 2005 / maio 2005 / junho 2005 / julho 2005 / agosto 2005 / setembro 2005 / outubro 2005 / novembro 2005 / dezembro 2005 / janeiro 2006 / fevereiro 2006 / março 2006 / abril 2006 / maio 2006 / junho 2006 / julho 2006 / agosto 2006 / setembro 2006 / outubro 2006 / novembro 2006 / dezembro 2006 / janeiro 2007 / fevereiro 2007 / março 2007 / abril 2007 / maio 2007 / junho 2007 / agosto 2007 / setembro 2007 / outubro 2007 / novembro 2007 / dezembro 2007 / janeiro 2008 / março 2008 / maio 2008 / junho 2008 / julho 2008 / agosto 2008 / setembro 2008 / novembro 2008 / fevereiro 2009 / março 2009 / abril 2009 / maio 2009 / junho 2009 / agosto 2009 / janeiro 2010 /



NATURAS

Bewitched
Sangue na Navalha
Os Tempos que Correm
A Voz da Serpente
TropicalSocial
Erasing
Metrografismos
Matarbustos
Nihil's Shore
Isso é Muito Pouco...
93
Montanhas da Loucura
As Ruas da minha Casa
All about Drama
Contradições
UzineFanzine
Sade na Marquise
Loff

Powered by Blogger

[EFC Blue Ribbon - Free Speech Online]
Site 
Meter