a voz
a voz que levanta os dias por entre os escombros, a nova canção da velha miséria, o novo poema rotineiro para algo mais ou menos pequeno guardado na palma da mão. a estranha timidez conquistada às horas e às palavras precisosas da madrugada. é a hora de falar em luz aberta, de concorrer a água pelos lábios, os dedos pelo tecido da lucidez. o abraço sofrego.