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sigNature
terça-feira, junho 22, 2004
 
as duas pessoas juntam-se. as duas pessoas encontram-se no mesmo degrau. duas que se conhecem e que colocam o pé, movendo-se no movimento da ausência do movimento. hoje movem-se mais próximo na chamada do silêncio. e já não se provocam, hoje não. e já não se magoam mais. hoje tocam-se nessa chamada. lado a lado. duas pessoas dormem por instantes duas pessoas por instantes dormem afastadas pelo cansaço e pelo calor por instantes de costas inspiram. e se uma pessoa se mantem acordada e a respirar para cima o ar que fica. e se essa pessoa permanece. e se essa pessoa hoje não tiver medo. e se forem belas e se forem embora e se forem em breve e em vão. e se forem apenas alucinações repetidas. deixam-se sem sonhos e desembrulham-se em realidade. duas pessoas imperfeitas e iguais na certa preversidade da noite. deixa-se essa na preversidade de se encontrarem no mesmo degrau dos sítios sensíveis. deixam-se nela e deitam-se nela, sem força para se cobrirem. sem força para esconderem a monstruosidade do segredo honesto. sem força para não verem a manhã a abrir. sem força para abrir os braços.
 
domingo, junho 20, 2004
 
Fiz o teste e...surpresa das surpresas, calhou-me a Death... embora ache que tenho equilibradamente um pouco de todos.

I'm Death!
Which Member of the Endless Are You?
 
 
Song of Childhood
By Peter Handke

When the child was a child
It walked with its arms swinging,
wanted the brook to be a river,
the river to be a torrent,
and this puddle to be the sea.

When the child was a child,
it didn’t know that it was a child,
everything was soulful,
and all souls were one.

When the child was a child,
it had no opinion about anything,
had no habits,
it often sat cross-legged,
took off running,
had a cowlick in its hair,
and made no faces when photographed.

When the child was a child,
It was the time for these questions:
Why am I me, and why not you?
Why am I here, and why not there?
When did time begin, and where does space end?
Is life under the sun not just a dream?
Is what I see and hear and smell
not just an illusion of a world before the world?
Given the facts of evil and people.
does evil really exist?
How can it be that I, who I am,
didn’t exist before I came to be,
and that, someday, I, who I am,
will no longer be who I am?

When the child was a child,
It choked on spinach, on peas, on rice pudding,
and on steamed cauliflower,
and eats all of those now, and not just because it has to.

When the child was a child,
it awoke once in a strange bed,
and now does so again and again.
Many people, then, seemed beautiful,
and now only a few do, by sheer luck.

It had visualized a clear image of Paradise,
and now can at most guess,
could not conceive of nothingness,
and shudders today at the thought.

When the child was a child,
It played with enthusiasm,
and, now, has just as much excitement as then,
but only when it concerns its work.

When the child was a child,
It was enough for it to eat an apple, … bread,
And so it is even now.

When the child was a child,
Berries filled its hand as only berries do,
and do even now,
Fresh walnuts made its tongue raw,
and do even now,
it had, on every mountaintop,
the longing for a higher mountain yet,
and in every city,
the longing for an even greater city,
and that is still so,
It reached for cherries in topmost branches of trees
with an elation it still has today,
has a shyness in front of strangers,
and has that even now.
It awaited the first snow,
And waits that way even now.

When the child was a child,
It threw a stick like a lance against a tree,
And it quivers there still today.
 
terça-feira, junho 15, 2004
 
há vento aqui. há sempre vento aqui. se estivesse lá fora saberia se estava quente ou frio mas acho que nao preciso de saber isso. a rosa revolve sobre mim, mas o meu corpo ja esta suficientemente marcado para ela, nao aguentará nem mais uma arranhadela. ou não fará diferença alguma. eu sou a única coisa cá em casa que se mexe e que de facto lhe dá luta. recuso-me brincar fora do meu recreio. espero enquanto, a estas horas, não me respondem quando mais preciso de saber, ou de fazer, ou de não me deixar dormir.
 
sábado, junho 12, 2004
 


DESPEDIDAS??



a rosa cresceu muito nestes dias. já come comida sólida e não chama pela mãe. tenta atacar tudo quanto se mova e domina toda a casa, como previsto. hoje adormeceu nas minhas mãos. afinal não as considera inimigas nem um bicho estranho a abater.

não sei se faz muito sentido continuar a manter este blog, este diário. as palavras começam a faltar-me neste verão onde as pessoas morrem e outras apenas cultivam a morte por uma questão de segurança. começo a sentir faltas e a divergir. as distrações do costume. com menos energia, é um facto. nada nos meus dias é tão interessante assim. até são mas é difícil na sobriedade tornar públicas determinadas coisas, que é como quem diz, admitir as merdas, chamar os bois pelos nomes, as inseguranças e as paranoias e as outras merdas todas, as dores e as curiosidades e os desafios e as comunicações travessas.
 
quarta-feira, junho 02, 2004
 
Welcome:

hoje é dia de festa cá em casa. Todos (eu, o Pedro e a Marta) nos reunimos para dar as boas vindas à mais nova habitante. Chama-se Rosa, tem um mês, já me segue para todo o lado e está agora a dormir. já tem o seu espacinho improvisado mas brevemente toda a casa será sua. A minha rotina vai definitivamente mudar. mais responsabilidade. não sou má de aturar. espero que ela goste de mim porque eu já gosto dela.
 
terça-feira, junho 01, 2004
 
30
não sei se és corajoso
não sei o teu passado todo
não gosto quando me ignoras
não te deixo ir
não me comoves nem deprimes
não me dás mais vida
não me esqueço
não me controles
não posso dizer que não gosto do teu sorriso
não gosto do existencialismo das 6 da tarde ou das 4 da manhã

só te vi uma vez de manhã
só te conheci tarde
só as tuas palavras me contrariam

nunca pensei que ficasses
nunca te ouvi tocar
nunca me deixo ir
nunca me demoverás
nunca penses que isto é sobre ti.

um beijo amigo
 

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