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sigNature
quarta-feira, junho 29, 2005
 


abalar


revela-se os planos desta e doutra demanda. revela-se o buraco por onde fugimos. revela-se a nossa vida depois. revela-se o jogo da apanhada que é também cabra cega. revela-se aos olhos e à boca e aos ouvidos. revela-se a mudança de rumo. revela-se a ilusão da ilusão das inevitabilidades. revela-se tudo menos os silêncios e as despedidas. revela-se menos a estrada depois da curva, menos que a curva. revela-se os medos mais anteriores ao medo. revela-se o tiro pela culatra. revela-se a velha à janela esperando o soldado que não sofre mais. revela-se o sonho de adolescente à procura de rapunzel. revela-se o poder da palavra. revela-se o orgulho do gato e a triste vontade de não deixar pedra sobre pedra. sobre pedra. revela-se o lagarto debaixo da pedra. revela-se a pedra para debaixo de onde fugimos. tanta coragem, tanta coragem para nada, se ela nao nos salva de nós mesmos, se fugimos com a trovoada e o cheiro a maresia.
 
terça-feira, junho 28, 2005
 
(é isto que se faz quando não há nada pra fazer)

 
segunda-feira, junho 27, 2005
 
hiper-realismo

não suporto as convulsões do mundo. desisti de muitas coisas. a energia esmorece. nao há movimento perpétuo. volta o vazio ou eu volto ao vazio. mas volto ao mundo e às suas convulsões à procura de mais energia. reconheço a premonição dos sonhos. reconheço o instinto que se mascara de imaginação ou vice versa. não importa por hoje nesta auto-flagelação sonolenta, cheia de início de verão. espero que a cidade vague para apanhar aos cantos as gotículas do que ficar. uma outra volta sobre si mesma. e não há uma pausa nem uma marca de pausa nos dias e nos meses. não pode haver desfecho da fluidez em algo mais que manchas e marcas na pele. procuro a invisibilidade outra vez. sinto-me a calar. mas nao me apetece falar. odeio quando me fazem isso. mas à volta das palavras giram outros satélites. e para além delas a memória delas em absolutos de génio. parece apenas que nada mudou. mas mudou tudo. ou regressou tudo.
 
quinta-feira, junho 23, 2005
 
nem sei se já postei esta letra antes, mas vale sempre a pena recordar os encantos da noite e do dancefloor e dos olhares e dos sorrisos de pessoas especiais que nos deixam.....devastad@s, ou ainda a pairar nos ventos, sem querer aterrar.


Once I thought I saw you in a crowded hazy bar,
Dancing on the light from star to star.
Far across the moonbeam I know that’s who you are,
I saw your brown eyes turning once to fire.

You are like a hurricane
There’s calm in your eye.
And I’m gettin’ blown away
To somewhere safer where the feeling stays.
I want to love you but I’m getting blown away.

I am just a dreamer, but you are just a dream,
You could have been anyone to me.
Before that moment you touched my lips
That perfect feeling when time just slips
Away between us on our foggy trip.

You are like a hurricane
There’s calm in your eye.
And I’m gettin’ blown away
To somewhere safer where the feeling stays.
I want to love you but I’m getting blown away.

neil young
 
quinta-feira, junho 16, 2005
 

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Crush

Quando estive nos EUA aprendi melhor o que isto queria dizer. To have a crush on someone: deter um pequeno fascínio adolescente por alguém, alguém que parece estar hierarquicamente acima ou distanciado de nós socialmente. Temos crushes pelos professores, por estrelas de cinema, por desconhecidos que frequentam o mesmo café diariamente. Uma amiga minha tinha um crush pelo dono da livraria, outro pela cantora folk que actuava à segunda-feira, outro pelo empregado do bar em frente ao bar onde costumávamos ir. Não tem nada a ver com uma necessidade ou desejo de proximidade física íntima. Tem a ver com um certo gosto em admirar ao longe, com o nervosinho de borboleta que surge quando a pessoa parece olhar para nós. quando nos trata com a deferência e simpatia de algo mais do que um desconhecido, mas sempre menos do que um igual. Para a nossa língua, é ter “um fraquinho”; por uma pessoa que não sabemos como é, que apenas vemos mexer com alguma elegância e sofisticação, e sobre a qual preferimos ficcionar; sobre a qual fantasiamos, como um actor que encenamos nos sonhos enquanto dormimos, e que traz cor aos nossos dias, alguém em que não pensamos durante o desgaste do dia mas que é sempre bom encontrar. será uma estratégia do mundo para nos laçar na rotina? ou fruto da rotina, encontrando nos pequenos (es)passos humanos dos nossos caminhos diários uma beleza acessível, como um pequeno beco onde o gato dorme no tapete, ou uma janela cheia de flores?

 
quarta-feira, junho 15, 2005
 
HoJE NãO CHORARáS!!!







hoje não chorarás hoje sabes que estavas nua e o coração das mãos foi-te arrancado aos tombos e a pele foi-te rasgada tomada por disfarce. hoje comerás o início de tudo e hoje sentirás que o beijo que ontem fervia nunca foi falso e nunca foi verdadeiramente o fim do mundo mas um lapso de palavras e outras coisas malditas. hoje engolirás o sangue do lábio e dobrarás o lenço em quatro como uma mortalha para uma coisa que não morre e não pode mais viver
que não morre e não pode mais viver
 
terça-feira, junho 14, 2005
 
coimbra by a sleepwalking night

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