hiper-realismonão suporto as convulsões do mundo.
desisti de muitas coisas. a energia esmorece. nao há movimento perpétuo. volta o vazio ou eu volto ao vazio. mas volto ao mundo e às suas convulsões à procura
de mais energia. reconheço a premonição dos
sonhos. reconheço o instinto que se mascara de imaginação ou vice versa. não importa por hoje nesta auto-flagelação sonolenta, cheia de início de verão. espero que a cidade vague para apanhar aos cantos as gotículas do que ficar. uma outra volta sobre si mesma. e não há uma pausa nem uma marca de pausa nos dias e nos meses.
não pode haver desfecho da fluidez em algo mais que manchas e marcas na pele. procuro a invisibilidade
outra vez. sinto-me a calar. mas nao me apetece falar. odeio quando me fazem isso. mas à volta das
palavras giram outros satélites. e para além delas a memória delas em absolutos de génio. parece
apenas que nada mudou. mas mudou tudo. ou regressou
tudo.