Semana de halterofilismo mental: hoje o dia começou às sete e meia da matina, horas pornográficas para quem ja dormiu seis horas. Autocarro para Aveiro com os poucos elementos da Não Te Prives - Associação de Defesa de Direitos Sexuais para manifestar contra a criminalização do aborto em Portugal, que, a seguir à Irlanda é o único país da União Europeia a considerar crime o direito de uma mulher decidir sobre o seu proprio corpo. Desta feita, porque a lei ainda existe e o Governo é implacável para os prevaricadores, desta vez foi tudo a eito: mulheres, maridos e namorados, medico e enfermeiro. será que levaram os embriões como prova? Aveiro nem soube o que estava a acontecer, literalmente. Para alem dos canais televisivos e dos jornais locais, do omnipresente emplasto (ele proprio) e o seu FCP, e das associações e partidos envolvidos no projecto de um novo referendo, tudo foi muito morno. tirando o facto que era cedo e estava frio. talvez por isso. Estavamos de volta a coimbra para o almoço. Foi bom ver caras que me lembraram o verão escaldante do Acampamento Internacional de Jovens Revolucionários. Faltaram outras que julgava ir ver, as mulheres mais activas do PSR, o núcleo duro do feminismo libertário em português.
Não vi o noticiário nem ninguem me viu, porque me escondi atrás de um placard na altura do directo. eu estava a segurar a outra ponta da faixa. ao meio-dia.