.comment-link {margin-left:.6em;}
sigNature
domingo, fevereiro 01, 2004
 
Esta cidade não acredita em coincidências. Há poucas coisas em que esta cidade acredita, na sua forma circular, na sua brilhante esfera. o espaço privado torna-se público e o espaço público entra-nos pela janela adentro de qualquer maneira. uma conversa cruzada. tudo o que se faz e o que se contém fazer em breves jornadas clandestinas. quais os espaços ocos? recolho-me a estas ruas e alamedas, trago-as inteiras de olhos fechados e penso em como tudo era dantes, em como eram as mais curtas, em como reconhecia as esquinas iluminadas. recolho-me a estas quatro paredes simetricamente aparentes. recolho-me a esta caixa craniana que não me recolhe do mundo. um quadro flamenco. um quarto flamenco de alegorias de janelas e quadros e janelas dentro de quadros dentro de quartos de janelas.
penso em como tudo era dantes e não era mais simples. em como acordava e os via dormir ao meu lado e ao toque da mão. em como não acordavam ao toque da mão. em como as escadas nos levavam a qualquer lado de cima ou debaixo.em como esperava porque sabia das previsibilidades relativas. em como, ao contrário de agora, nada era combinado e mais lento. havia beijos nesta cidade. a inconsequencia do ser e do sermos inconsequentes. havia sonhos nesta cidade que nos tiravam o apetite e nos transtornavam o dia. havia um grande esquecimento nesta cidade. e eu dormia a ve-los, acordados, a esquecer.
 
Comments: Enviar um comentário


ARCHIVES
dezembro 2003 / janeiro 2004 / fevereiro 2004 / março 2004 / abril 2004 / maio 2004 / junho 2004 / julho 2004 / agosto 2004 / setembro 2004 / outubro 2004 / novembro 2004 / dezembro 2004 / janeiro 2005 / fevereiro 2005 / março 2005 / abril 2005 / maio 2005 / junho 2005 / julho 2005 / agosto 2005 / setembro 2005 / outubro 2005 / novembro 2005 / dezembro 2005 / janeiro 2006 / fevereiro 2006 / março 2006 / abril 2006 / maio 2006 / junho 2006 / julho 2006 / agosto 2006 / setembro 2006 / outubro 2006 / novembro 2006 / dezembro 2006 / janeiro 2007 / fevereiro 2007 / março 2007 / abril 2007 / maio 2007 / junho 2007 / agosto 2007 / setembro 2007 / outubro 2007 / novembro 2007 / dezembro 2007 / janeiro 2008 / março 2008 / maio 2008 / junho 2008 / julho 2008 / agosto 2008 / setembro 2008 / novembro 2008 / fevereiro 2009 / março 2009 / abril 2009 / maio 2009 / junho 2009 / agosto 2009 / janeiro 2010 /



NATURAS

Bewitched
Sangue na Navalha
Os Tempos que Correm
A Voz da Serpente
TropicalSocial
Erasing
Metrografismos
Matarbustos
Nihil's Shore
Isso é Muito Pouco...
93
Montanhas da Loucura
As Ruas da minha Casa
All about Drama
Contradições
UzineFanzine
Sade na Marquise
Loff

Powered by Blogger

[EFC Blue Ribbon - Free Speech Online]
Site 
Meter