Hoje decidi diversificar: comprei a Wizard e a Scientific American; estou a ouvir Stereolab e a fumar no quarto; fiz um backup e escrevi uns quantos emails; sei que sou uma amiga desnaturada, vencida pela distancia e a desperança;
Saudades: queria ouvir o saxofone da Kim, o ronronar da Lara, o sotaque estranho do Laurent, cheirar o cabelo do João, ouvir os poemas da sandra, os pontapes na playstation do meu irmão; cheirar o nestum do miguel; ouvir "the street where she lives" na voz da Nancy, o djabé do Papa Emile, o chris a dizer "hey baby" à gata; o resmungo da nancy, "as gaivotas no parque" do doug; o"pontapé na pomba" da patricia; a spoken word do Michael; cookies da Jay, cheesecake do Kevin, labatt blue, baby bass ale, Tim Baldwin; yams e fish fry; neve e mais neve e esquilos e mais esquilos, Sherry e os seus feitiços; as cartas e o absinto do hugo, o riso a cidra e as hostias de camarão do carlos ramos, as desculpas do tó mané, a mão do nuno, a bateria do barreto, as caveiras do ricardo, as mãos da teresa, os desenhos da sónia, o kiddush da ana, o riso da débora, a viola do BA, os ovos verdes da D.Ana, a varanda do João; saudades com uma lista enorme a acompanhar a deslembrança e a falta de provas, o papel amarelo e o estragar do fígado, as fotos e as ruas onde nos abraçamos e beijamos, as cadeiras, os sofás, os bancos de jardim, a relva, o parapeito e o degrau