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sigNature
domingo, fevereiro 29, 2004
 
A net tem destas coisas. Passo a transcrever uma tradução de um texto de um senhor chamado Ken Fanning (www.whygodwhy.com)que aconselho vivamente a quem tiver maleabilidade com o inglês (a língua)

A rapariga que compreendia o que tu não conseguias
Lembrem a miúda, à porta de sua casa. Ela manuseava algo invisível: havia um mapa, um conjunto de personagens, cenários exóticos e intrigas complexas, tudo isto só fazendo sentido para ela.
Ela era uma rapariga à luz do sol, saltitando em sapatilhas, parando subitamente junto à caixa do correio para juntar as mãos em concha num murmúrio. Então ela olhou para cima para ver qualquer coisa no céu, e quando viu aquilo que procurava, correu para um dos lados da casa e começou a gritar palavras que tu não entenderias por entre a música vinda do rádio do teu carro.
A música de repente parecia irrelevante, e não apenas para este momento, mas para este dia, para a tua vida até aqui.
Ela ia andando pela dianteira da casa e com cada passo a sua boca moldava a forma de uma palavra diferente. As suas palavras e passos eram cuidadosamente escolhidos, quase ordenados.
Havia mais que era suposto lembrares-te, não havia? Certamente não apenas estas frases acerca de uma menina a brincar de faz-de-conta no espaço entre a casa e a rua. Algo acerca da razão pela qual a tua escrita anda tão pobrezinha ultimamente.
Ela olhou para trás de si, depois correu pelo pátio para a mata. Parou mesmo junto à linha das árvores, depois voltou-se para acenar, movimentando tudo atrás de si.
Às vezes há uma menina a acenar, e às vezes há uma menina fazendo sinais a um exército de criaturas que nunca conseguirás imaginar.
 
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