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sigNature
quarta-feira, março 10, 2004
 
Querida Cláudia, disseste-me uma noite que havia coisas das quais não te deixavas lembrar-te: deixa-me dar-te uma ajuda com isso...
Primeiro, bebes demais; tempos houve em que bebias mais mas fazias menos asneiras. Agora é diferente, achas que não deves nada a ninguem e podes fazer tudo sem consequências; não sei se está relacionado mas és demasiado impulsiva;
Devias lembrar-te daquele rapaz que amaste desenfreadamente até ao dia em que achaste que a cidade era demasiado pequena para ti e foste embora e o abandonaste e nunca o perdoaste por ele nunca te ter perdoado. lembra-te que ele agora está na escócia com mulher e filhos e nem se lembra que existes a não ser numa banda sonora de há muitos anos atrás. Devias lembrar-te que escrevias cartas e contos que deixavas em sítios estratégicos à espera que brotassem. Brotaram e mal te lembras do sabor dos frutos, entre a Visconde da Luz e o Clube de Montes Claros. devias também lembrar-te daquele telefonema às 11 da manhã, quando ainda mal acordada querias desesperadamente acordar e ainda não sabes se sonhaste. devias ter a coragem de apagar o email dele do messenger e o número da agenda, porque ele nunca mais vai telefonar nem sequer para te mandar à merda porque morreu. lamento dize-lo, mas é verdade.
Lembra-te tambem de uma tarde sábado em que sabe-se lá porquê já sabias que iria ser a última vez e choraste durante o orgasmo. Lembra-te que és uma romântica antes de seres uma hedonista e nunca te esqueças disso. lembra-te que o mundo é um lugar muito grande e há 100 por cento de possibilidades de nunca mais veres as pessoas que ao longo dos anos negligenciaste, embora sempre dissesses que não era bem assim. Lembra-te também, se calhar esta é a tua imperdoável falha, qual é o teu lugar. Repete muitas vezes isto.
 
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