Os gigantes não passam de moinhos...
tanto medo, tanto constrangimento, tanta distância, tanta inépcia. que sabia eu? as pessoas são apenas pessoas e eu, sabendo muito pouco, até sei lidar com elas, mesmo as mais estranhas, mesmo as mais aterrorizantes. Volta e meia descubro uma pérola na lama ou, também acontece, uma poia no palácio. desta vez fiquei mesmo contente com o achado, que eu sempre soube que lá estaria, através de um sexto sentido qualquer ou de uma qualquer ficção idealizada. e sim, estou contente e até fascinada com isso. oficializam-se cumplicidades que sempre lá estiveram, mas mantem-se os espaços e as distâncias necessárias. mas agora sabemos um do outro como se tivessemos sonhado em simultâneo ou ido ao cinema juntos.
ao que o ano acaba e as coisas ficam mais claras, a posicionarem-se para um novo arranque. algo acabou algo começou algo mudou pelo meio algo continua vazio algo continua a projectar-se para um futuro que não me permite sair desta cidade tão depressa. resta ir remodelando os seus ritmos e caminhos, toda a urbanização e os acessos.