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Numa mão cheia encontro as violências auditivas e as movimentações do corpo, os nomes trocados e uma escuridão pequena, os silêncios incómodos e os acomodados, encontro várias temperaturas e falos de vários tamanhos, encontro várias texturas e jogos, muitos jogos, a olhar para o céu do palácio de cristal, numa ternura de cansaços e planos de começar de novo e continuar viagem. numa mão cheia de dedos que contaram dias e meses e semanas e contaram histórias e mentiras e perdas e somaram e subtraíram e pediram segredo, numa mão só que se encontra algures tímida num bolso escavado perto do ventre que pede, perto da periferia do vício, perto da negação do tempo, perto da trincheira da vontade, perto da convicção inteira da mais absoluta necessidade. Numa mão fechada ao público, mas que sabe os caminhos da dor e do prazer, pequena mas rápida, multiplicada pelo seu negativo.