de partida
vai ter que ser, uma passadeira e uma autoestrada, uma mochila e milhares e milhares de corações a bater automatizados à porta de uma outra cidade. os dias vão ser diferentes e as saudades muitas até que o esquecimento morno vá abrandando a dor da ausência. não sei se tenho mais sorrisos ou lágrimas por agora. é inutil dizer que não tenho medo. mas estas coisas são sempre assim, de repente e com força, como um duche frio, para que o corpo meio dormente se sinta depois, a queimar. deixo para trás a cobardias das idades todas e imprimo a esta partida toda a intensidade dramática de uma viagem à baixa e de uma entrada cósmica nesta nova crisálida que mal reconheço. o ciclo completou-se na mesma ansia que me trouxe a coimbra. muitas promessas e acusações. e é sempre definitivo.
adeus. olá. até breve.
em vez de uma linha recta, será mais assim: