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poema do adormecer
abro as mãos abro
as horas contadas pelos dedos mortos e tanto tanto
silêncio dentro da mala aberta como um crâneo limpo
nesta ninharia de bocejo a hora tarde tarda
nesta ínfima bondade de boca ao ar fresco morno
um beijo branco
um pequeno gesto para lembrar o universo
o corpo em concha supernova
em pulsação grave junto ao peito descrendo o sonho
em leque
uma curva que se concentra em dado ponto solar
neste tempo neste pequeno espaço
de tempo