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segunda-feira, novembro 21, 2005
 
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As pessoas que escrevem escrevem porque tem que ser. independentemente do mundo querer ouvir aquilo que elas têm para dizer, independentemente de compreenderem o que elas têm para dizer ou mesmo fazerem alguma coisa em relação a isso. mais do que a comunicação, a linguagem existe para a expressão. nós expressamo-nos e ela expressa-nos, independentemente de querermos, compreendermos ou darmos grande importância a isso. muitas das coisas que escrevemos não fazem muito sentido, nem têm que o fazer: o mundo não faz sentido, a nossa psique também não o faz maior parte das vezes (daí o nonsense do mundo). mas as leis da lógica raramente se aplicam à arte, que existe para pormos lá aquilo que não encaixa na lógica pragmática de dizer o mundo, ou antes, os mundos. a pressão da qualidade só existe para aqueles que a) não escrevem, mas invejam mesmo de uma forma inconsciente, quem o faz e b) quem escreve e tem ambições de inovar na literatura, ganhar a vida disso e deixar algo para a posteridade. maior parte destas coisas não se invalidam mutuamente, porque quem não escreve pode começar a faze-lo e a posteridade é algo meio maluco (e político) que ninguem sabe muito bem donde vem e para onde vai, embora haja algumas doutrinas e teorias. e há quem cante, quem dance, quem toque, quem faça muita coisa para si e para o mundo como forma de se expressar. o mundo é que não está atento a si próprio. não lê muito, é tímido quanto ao corpo, tem medo de si mesmo e daquilo que pode (e o que não pode) mostrar. Para mim é preciso que se faça. eu escrevo. já escolhi o que queria fazer para não ceder perante a loucura da lógica e da razão. a criação, a reciclagem, a reinvenção dos elementos, a plasticidade dos dias, debaixo dos nossos dedos. em tintas, em sons, em texturas, em sonhos, em pesadelos. em palavras.
 
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