há alturas em que o mundo gira depressa demais, o coração bate depressa demais, fumamos demais, bebemos demais, falamos demais, estamos demasiado calados, demasiado pensativos, demasiado confusos, demasiado austeros, demasiado sonhadores, demasiado pragmáticos, demasiado fartos do passado, demasiado ansiosos pelo futuro. Não queremos mais, não sabemos mais, não vivemos mais do que o breve tempo parado entre dois tique-taques, um suster de respiração, um impulso antes do degrau, um pestanejar nervoso, um sacudir mecânico. e esperamos do mesmo lado da barricada, mas em direcções opostas da linha.