Replacement
Não é um post sobre a presidencia da república nem sobre qualquer plantel de futebol, mas também podia ser. Apetece-me escrever acerca de espaços semi-abertos, espaços de função e espaços disfuncionais, onde se metem pessoas, onde habitam fantasmas, onde se compete pela manutenção de um qualquer posto ou título. espaços afectivos de segurança ou desafio onde o eu se anula e se esquece e se torna ele próprio o vazio do espaço. Este post não é sobre mim, mas sobre as pessoas que me rodeiam. eu sei que espaços habito no coração e na vida das pessoas que me rodeiam. no meu e na minha há muito espaço e muita gente, e vai continuar a haver o vazio, mas isso não me perturba nem me comove os dias. Mas aquilo que eu vejo, o que eu ouço, o que me arrasta para estas corridas selvagens e lutas sangrentas e muitas muitas nódoas negras...aiaiai, já não tenho resposta para nada. só ouço e digo "tem calma", "confia", "larga", "tudo se há de compor". devia incentivar à luta e à resistencia, à competição e à agressividade, mas como disse, não é a presidencia da republica nem um campeonato. é a volatilidade dos afectos humanos, algures presos entre a dependência e a obsessão, entre a solidão e a multitude, o bom tempo e o mau timing. e a falta de paciência para esperar, a falta de humildade para perder, a falta de raciocínio para abdicar da culpa, a falta de maturidade para se lidar com as consequências das faltas.... e volto a dizer, amigos, que nada disto é facil: fácil é o desespero e a contínua espera, fácil é a lágrima e o desgosto, o cinzento desesperante das fracturas. é facil tropeçar e deixarmo-nos cair. difícil é ficar de pé, mesmo que estejamos de rastos.