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As parcialidades cosidas na fantasia. A fúria sorridente da forca. As virtudes colíricas da chuva. A dança que se faz às escondidas. Os pactos que se fazem com as traições. As pulsações electrónicas das tragédias. As invejas no gume dos lábios. As malditas feridas de paz com os anjos.
Mas desenho com esta bússola o desejo.
O desejo carregado como uma cicatriz em sangue
colina acima, uma outra desalma de voz, um arrependimento de atlas, uma versão diferente de pandora, uma promessa nevoenta de ícaro
uma prisão esventrada de uma média lua
o desejo a oeste do escopro. O desejo rezado às chamas. O desejo fechado em espadas. O desejo lacerado na cornija de um qualquer tempo como um passear de olhos à distância. A corrente obscurecida do último lençol. A novidade branca do último gesto de compaixão. A carne oca da última sede.