perfect
inspiro a tua ausência. arrefeço-a entre os dedos como não me quisesse queimar. meticolosamente como se dissecasse uma estrela (do mar) espalho-a numa impressão azul
ao meu entender simples
revelo-te como uma película surgindo debaixo deste esperar líquido. os olhos e as pequenas vielas sem saida que albergas aos cantos. e essa toda tua natureza do medo inconfesso.
e confesso
que há uma hora para cada um de nós. a cairmos todos, a voltarmos juntos, a mantermo-nos de pé.
e reza assim o gosto das pétalas que desfolhamos ao acaso pelas manhãs.
mesmo mortas são belas.