things that disturb me: uma nota pessoal
(a blogosfera tem destas coisas:)queria deixar um comentário ao Lord of Erewhon mas a legião de fãs, curiosos e peregrinos já ia longa e o meu tempo de antena seria resumido e inutil. Mas queria dizer-lhe que fiquei tocada e percebo totalmente o porquê (e também a beleza morbida do texto do Lord) da referência ao incidente de
Dawson, no Quebec, há um mês atrás. Não nos cabe a nós julgar.
O Dark Side que habita em todos nós alimenta-se da solidão embriagada: do big bang só resta o big crunch, após o máximo da expansão. Não vale a pena demonizar o assassino, ele também uma vítima como as outras. A violência persegue-nos e nós perseguimo-la.Nas roupas escuras, na maquilhagem carregada, nas botas pesadas, na maquinaria do poder, onde a fragilidade do corpo jovem e desajustado se procura e se perde e se encontra de novo no braço de ferro com o nonsense da vida moderna. Não me cabe a mim julgar
Kimveer Gill. Julgo antes os massacres no Iraque, na Palestina, no Afeganistão, e todos os outros massacres que se mascaram de bandeiras antigas e coloridas. O massacre infame do efémero eu só se pode despir de negro.