caos e coisas
são muitos os ramos da árvore. penduramos-lhe um baloiço ou esperamos que dê um fruto saboroso, que o bicho não ataque, que o relâmpago não mate, que a terra não estremeça e abra. esperamos que a natureza continue a girar. aproveitamos a sua sombra que o sol transforma e o vento talha por segundos.
sentia há tempos uma especie de transcendentalidade cósmica, algo mais íntimo do que meramente religioso. são as energias pouco contabilizadas do universo. é o karma (ou é o dharma?) que me aguenta ainda os batimentos do coração e os passos contados. uma questão de fé ou de justiça, de nervos, de controlo, de gestão de riscos e de tempo. e o pânico debaixo da almofada todas as noites...
são muitos os ramos da árvore.