can i play with madness?
são os pesadelos. aquele sentimento de "presença" que não remete para a realidade. são as tonturas. o mundo (galáxias inteiras) a girar depressa demais em torno de um centro-eu. são aqueles caleidoscópios em meia lua na visão que vão ocupando todo o ecrã do dia e depois desaparecem. é o ponto de inércia, do braço de ferro entre a energia e a sua negação. é o calor e o frio no ponto morno ponto morto da viagem. é a prisão da ansiedade. não poder fazer planos e entregares-te nas mãos (algo imundas) do tempo e do optimismo. é a cegueira do zero. que existe apenas virtualmente no observador da árvore da vida, fazendo as contas ao percurso. é tudo o que falta espalhado no chão à minha volta, peça a peça, sem instruções, sem forma mas formas, sem a miragem do todo para se orientar numa só dimensão, a ilusão da simetria, a imagem da fúria em sono e sonhos. dou razão aos surrealistas alimentados em pobreza e álcool, em suor frio de lençóis e sexo. dou-lhes toda a razão que quiserem. aliás...troco a razão deles pela minha.