People in progress
We hold and wait and take small steps in the dark. we hold and wait. we try sometimes, sometimes hard, sometimes not hard enough, sometimes too hard. we wait and see. sometimes we blindfold ourselves to see clearly, sometimes to not see at all, sometimes to not be seen. we are disciples of the dark art of being alone. we are initiated in silence, in sharing and multiplying dreams, in drawing sketches of the most perfect future. we behold the past for many hours. we believe in change but we rarely change and find difficult to bear changes. we hold and want many simple things. things other people seem to have. others seem to reject. others seem to deny. others seem to offer and others to sell. we don't know much, but we are learning. we wait and learn. sometimes we teach. sometimes we just sit side by side and wait for the rain to stop.
SOMBRAS
procuro as sombras. não aquelas do espaço virtual, mas as frescas consequências da luz e dos objectos quando se cruzam na revolução celeste. falo da manipulação expressionista do abraço e do sorriso. falo daquele vazio entre as gretas das persianas e as frestas das portas. procuro as sombras quando as luzes me cegam e já nada brilha de tão queimado. procuro a sombra para ir adormecer a minha falta de esperança e acordar mais tarde numa outra vida onde saiba chorar um pouco mais, onde a minha pele não saiba a pedra, onde a sede possa morrer. procuro as sombras onde outrora dancei sem medos, donde vinha apaixonada e nada queria mais do que apenas mudar o mundo. procuro as sombras de todas as cores para fazer uma paleta mais colorida. procuro as sombras das palavras que já disse pelo menos uma vez e esqueci a dada altura, entre o nascer e o pôr do sol. procuro as sombras nas grutas da memória, para depois acender um fósforo e criar de novo o universo.