Morning Blue (4 a.d.)
Não há como este fumo da manhã, entre a devoção e a fantasia, cinzento e azul como as lágrimas depois do fogo. Não há mais, e há sempre muito mais, do que tributos de manhã pensados e sentidos e coincidentemente levados na criativa idade que não se contem vida por muito mais tempo, pois foi sempre em parte morte e noutras partes, gravíticas como a maré, solúveis e salinas, uma saudade mítica e uma vontade de submergir, una com essa manhã depois da noite reveladora.
Um rasto de lembrança num sobretudo preto que esconde uma multitude de cartas nunca enviadas para uma data de personnas que nunca existiram, e que de facto nunca morrerão, e que nos fazem tanta falta, principalmente na manhã solarenga de inverno em que é preciso (mais uma vez) sobreviver.