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sigNature
quinta-feira, março 31, 2005
 


Inhale pain. No full exhalation is possible today. I’m sorry if I have to come back. Sorry about the silence but I cannot open my mouth for more than liquid thoughts. Survival only. I am not the same. Do not consider me as “the same”. I am now the other. Something happened along the way. Something hardened. Something shifted position. Hold that. Disappointment. Things falling out of place. Too many outside factors.

 
terça-feira, março 29, 2005
 
City

invento esta obscuridade toda nas ruas. tenho todas as artimanhas da saudade dentro dos sapatos como pequeninas pedras que também são buracos para respirar. espreitar o fio rasteiro da calçada. uma língua fora de horas num espaço tresloucado lavando constantemente a pele para a mudança de luz.

inten_cidade esta nas palmas invertidas nos eixos. invento também as medidas do ar que me cabe dentro dos pulmões para rete-lo e levitar acima dos claustros, ziguezagueando as pombas e as fisgas. já não conheço quilómetro nem esquina a não ser pelas famosas dedadas no escuro, ácidas de um fio de ariadne meio esgotado em círculos e dor de novelos.

invento esta desertificação para os ratos e para as sombras mal-cheirosas. cidade da idade do vento. da escumalha morna que fica apenas menos sozinha quando fecho a porta de casa.
 
quinta-feira, março 24, 2005
 
The whole deal

é importante continuar e redimensionar as ausencias e as carencias e as exigencias e tudo o resto. é importante reconhecer as fraquezas e tomá-las nas mãos. não sou de ferro nem de manteiga. é conhecer de novo os limites. saber que há coisas que não se podem mudar. que o excesso magoa. que a esperança e a espectativa são coisas diferentes. que não há mais nada. que o tempo demora demais ou passa num instante. que há dependencias nulas e inuteis. que há entregas repartidas e repetidas. que se pode estragar tudo aquilo que mais se valoriza. que já não há saudades. pôr tudo isso no sítio com angústia, com cuidado, com coragem. os filmes sabem bem num serão em que adormecemos num colo quente, não numa tarde de chuva em que somos a única pessoa na sala de cinema.
 
quinta-feira, março 17, 2005
 


Lullaby


by W.H.AUDEN

Lay your sleeping head, my love,
Human on my faithless arm;
Time and fevers burn away
Individual beauty from
Thoughtful children, and the grave
Proves the child ephemeral:
But in my arms till break of day
Let the living creature lie,
Mortal, guilty, but to me
The entirely beautiful.

Soul and body have no bounds:
To lovers as they lie upon
Her tolerant enchanted slope
In their ordinary swoon,
Grave the vision Venus sends
Of supernatural sympathy,
Universal love and hope;
While an abstract insight wakes
Among the glaciers and the rocks
The hermit's carnal ecstasy.

Certainty, fidelity
On the stroke of midnight pass
Like vibrations of a bell
And fashionable madmen raise
Their pedantic boring cry:
Every farthing cost,
All the dreaded cards foretell,
Shall be paid, but from this night
Not a whisper, not a thought,
Not a kiss nor look be lost.

Beauty, midnight, vision dies:
Let the winds of dawn that blow
Softly round your dreaming head
Such a day of welcome show
Eye and knocking heart may bless,
Find our mortal world enough;
Noons of dryness find you fed
By the involuntary powers,
Nights of insult let you pass
Watched by every human love.

January 1937
Copyright 1976
 
segunda-feira, março 14, 2005
 
Mixed feelings

things are not easy. these days were not easy. spinning in beds chasing sleep in memories of sheep and numbers and parts of bodies. old timers new comers and places offered as a gift wrapped in tears. raped in tears. first confrontation with the need of survival and the unusual essence of lust. means, motive, opportunity. not wanting to go back, backwards to some teen dream of mature love.

time slips in convenience. art is pleasureless now in this room. no stories. no music. no bullshit, i say. enough with deep lies called "ok". enough with sighs and false accusations. enough with "less is more". pain is always the best drug, i say. the real deal, i say. fucks your body, fucks your brain, leaves you numb when not angry, leaves you so fucking alone in the dark, makes you want to be hurt again and again. it never says "sorry".

leaving a sore mind, i play tricks on myself: penalty cards, hand puppets, cinicism in drag. never thought it would make such a difference. never thought it would be so true and so fake at the same time. forbiden. went there as a child playing alice. came back as a confused mistress in a house of mirrors and masks.
 
domingo, março 06, 2005
 


de partida
vai ter que ser, uma passadeira e uma autoestrada, uma mochila e milhares e milhares de corações a bater automatizados à porta de uma outra cidade. os dias vão ser diferentes e as saudades muitas até que o esquecimento morno vá abrandando a dor da ausência. não sei se tenho mais sorrisos ou lágrimas por agora. é inutil dizer que não tenho medo. mas estas coisas são sempre assim, de repente e com força, como um duche frio, para que o corpo meio dormente se sinta depois, a queimar. deixo para trás a cobardias das idades todas e imprimo a esta partida toda a intensidade dramática de uma viagem à baixa e de uma entrada cósmica nesta nova crisálida que mal reconheço. o ciclo completou-se na mesma ansia que me trouxe a coimbra. muitas promessas e acusações. e é sempre definitivo.
adeus. olá. até breve.
em vez de uma linha recta, será mais assim:
 
quarta-feira, março 02, 2005
 
Like a rock, like a planet,
Like a fucking atom bomb,
I’ll remain unperturbed by the joy and the madness
That I encounter everywhere I turn,
I’ve seen it all before,
In books and magazines,
Like a twitch before dying,
Like a pornographic sea,
There’s a flower behind the window,
There’s an ugly laughing man,
Like a hummingbird in silence,
Like the blood on my door,
It’s the generator

Oh yeah, oh yeah, like the blood on my door,
Wash me clean and I will run until I reach the shore,
I’ve known it all along like the bone under my skin,
Like actors in a photograph,
Like paper in the wind,
There’s a hammer by the window,
There’s a knife on the floor,
Like turbines in darkness,
Like the blood on my door,
It’s the generator

(Bad Religion - Generator)
 

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