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sigNature
segunda-feira, julho 31, 2006
 
nos proximos dias sigo. sigo a linha algures na ponta do dedo. sigo as datas, sigo a calmaria momentânea. encontro-te no outro lado do país. deixo-te no outro lado do país. deixo-te no centro da nossa conquista sem saír da mesma cidade. sigo o meu corpo inseguro e faminto. sigo a linha de suor que me transpira. sigo as luas brancas, as estrelas vermelhas e as noites escuras. não sei o que sigo. sigo-me na sombra e na desespera. só.
 
quinta-feira, julho 20, 2006
 





z(en/ero)

aproxima-se a rendição.
quando se deixa de acreditar, de fugir, de procurar, de fingir, de representar, aprendi eu agora, o ponteiro volta ao arrefecimento primário daquilo que é sereno, a morte acontece feliz dentro de água. e nós ficamos serenos na felicidade dos outros, e ciumentos também, mas não há pressa. não pestanejamos mais rápido contra o tempo, nem a favor dele.

estou com os aviões de papel, com as folhas secas no regato, com os mornos cadáveres da estação.

negociamos a aventura do tempo, hora a hora, sem sono em frente ao calendário obsoleto, e desejamos regressar mais leves, já sem o tormento do corpo, já sem o ar poluido, já sem a esperança corrupta, já sem todo o sonho enegrecido pela ignorância.
aproxima-se a viagem branca pelos corredores da mais vertical ambição terrena.
aproxima-se o novo início no fim do círculo aberto nas palmas das mãos.

estou com os principiantes, com os iniciados, os recém-nascidos, as supernovas, as ignições, as mais breves ideias de saudação e despedida.
 
terça-feira, julho 11, 2006
 
perfect

inspiro a tua ausência. arrefeço-a entre os dedos como não me quisesse queimar. meticolosamente como se dissecasse uma estrela (do mar) espalho-a numa impressão azul
ao meu entender simples

revelo-te como uma película surgindo debaixo deste esperar líquido. os olhos e as pequenas vielas sem saida que albergas aos cantos. e essa toda tua natureza do medo inconfesso.

e confesso
que há uma hora para cada um de nós. a cairmos todos, a voltarmos juntos, a mantermo-nos de pé.
e reza assim o gosto das pétalas que desfolhamos ao acaso pelas manhãs.

mesmo mortas são belas.
 
sábado, julho 08, 2006
 
Our lady of agony (festas em homenagem)

our lady of silent scream
our lady of sad belief
our lady of twisted mornings of not-wanting-to-know
our lady or eternal waitings
our lady of seeing all

my lady of nightmares
my lord of sunshines
my autonomous thinking of loneliness and bliss
of dancing underwater
of being a machine
of waking up again and again with monsters
of loving beautiful beasts.

our lady of sins unspoken
of confessions untrue
of unexplainable wishes
i am true i am real
i am here?
 
terça-feira, julho 04, 2006
 
Katatonia - "My Twin"
2006


The neck, and then the chain
The head is hung in shame
The neck, and then the chain
The head is hung in shame

I thought that you had grown
That you'd carry on
But now that i am gone
What else's been withdrawn?

You used to be like my twin
And all that's been
Was it all for nothing?
Are you strong when you're with him?
The one who's placed you above us all

I think our love
I'll let it pass
It feels like fire
But it won't last

You used to be like my twin
And all that's been
Was it all for nothing?
Are you strong when you're with him?
The one who's placed you above us all

What is it coming to
I am unwilling to go on
You have lost
No one has won

You used to be like my twin
And all that's been
Was it all for nothing?
Are you strong when you're with him?
The one who's placed you above us all
 
domingo, julho 02, 2006
 

As parcialidades cosidas na fantasia. A fúria sorridente da forca. As virtudes colíricas da chuva. A dança que se faz às escondidas. Os pactos que se fazem com as traições. As pulsações electrónicas das tragédias. As invejas no gume dos lábios. As malditas feridas de paz com os anjos.

Mas desenho com esta bússola o desejo.

O desejo carregado como uma cicatriz em sangue

colina acima, uma outra desalma de voz, um arrependimento de atlas, uma versão diferente de pandora, uma promessa nevoenta de ícaro

uma prisão esventrada de uma média lua

o desejo a oeste do escopro. O desejo rezado às chamas. O desejo fechado em espadas. O desejo lacerado na cornija de um qualquer tempo como um passear de olhos à distância. A corrente obscurecida do último lençol. A novidade branca do último gesto de compaixão. A carne oca da última sede.

 

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