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sigNature
sábado, janeiro 31, 2004
 
sentenças para uma semana dedicada ao trabalho
sentem-se as somem-se as dedos sem de dadas ao
intensas as propensas as sementes as delicadas ao
andas ao amas ao sentes ao fim de

acendem para mais nada de sobem para mais nada de
parecença uma parecença para uma ciencia para uma mais
com dias dedilhados com dias rendilhados com dias para mais
destes dias para mais detesto dias destes
 
 
hoje mais trabalho e mais trabalho mais trabalho; é sexta-feira e estive a ler o horoscopo agora: semana dedicada ao trabalho!

sermos omnivoros dá uma seca: engolir sapos a toda a hora; eu pelo menos bebo o equivalente ao tamanho deles, o suficiente para passarem como tractores pela goela abaixo; amanhã será outro; venha o litro? o horoscopo tambem dizia para evitar os excessos agora antes que sejam MESMO graves as consequencias. tem lógica. vou evitar os excessos de sapos. estas coisas assustam qualquer um. for the record: sou virginiana (mas não colonialista, se me permito a piadita).

a agenda está cheia de coisas a cumprir, que não cumpri, inclusive coisas de lazer que facilmento substituo pelo lazer do costume; fim de semana com os revolucionários e justificações de faltas; concerto gótico e clube de futebol, despedidas e aniversários, elites e sapos, autoridade e bibliotecas; variada e sofisticada no mínimo. o esquentador avariou, a roupa para lavar amontoa-se e ainda não acabei os livros que comecei há um ano. as consequencias disto são MESMO graves, eu sei.

Coisas boas: há mais uma inês neste mundo (uma salva de palmas...); há imponderâncias que me fazem orgulhar de estar a perder as impressões digitais de tanto teclar (uma grande ovação de pé para a private joke, e para um anjo endiabrado); escrevi um belo poema; tenho amigos muito valiosos.

o horoscopo também dizia que urano incentiva à experimentação. I have a cunning plan...
 
sexta-feira, janeiro 30, 2004
 
como hoje não saí de casa, não sei se o mundo lá fora ainda existe; chove, está frio; o pedro canta pela insonia adentro; sugestão www.mousecircus.com ou www.dreamline.nu; o sonho existe, o pesadelo também; o carro do lixo acabou de dizer que o mundo continua; o lixo também; aqui vai o poemita do dia

interface

(speak to me in soft tongue)
we know because we know
and we whisper because we know
the power of the ice flake
the barricades and the explosions
the profecies contained in many roads
the privileges of desired arcana the major
the wishing that time would stop sometimes
the granting of icons
the swaping of places chairs glasses and cigarretes
the escuses made for crying and stop crying
the escalade of winter through our layers of cotton shirts
the handling the fingering the flickering the remorse the guilt the silence the stupid stupid hours
and we speak again of not talking nor making nor touching nor mentioning
and we use the soft tongue in irrational ways on non deserving people
and we whisper madly again and again against every logic
we whisper because we cannot talk cannot regress cannot find a fire weapon cannot
break cannot undress cannot use a scale on our skins
and we cannot reach the bottom
line
of
the
strong saturated poem

 
sexta-feira, janeiro 23, 2004
 
Isto está a compor-se. de uma maneira rápida e violenta há que enfrentar as coisas que me magoam e me metem medo que me atrofiam que me dão nó na cabeça que me dão o nó no corpo que se fazem fora de horas que se dizem fora de horas que têm que se dizer.

as relações ficam mais claras e mais intensas mais estreitas e mais densas e mais estranhas e por portas travessas e por essas atravessa-se. passadeira. sinal. círculo. o optimismo da doença que dá tempo e reorganiza o conforto do espaço. a palavra justa. a palavra desculpa. a palavra volta atrás.

a questão da exclusividade, da selecção, dos horários, da ajuda, da longalongalonga história aberta de final e afinal. como se nada mais existisse. como se o mundo continuasse. como se tudo se compoe quando se bate no fundo e tudo começa a melhorar se não fugir. como se parecesse hoje outro dia. como se tivesse que procurar soluções analgésicas. rápidas e definitivas.

tchanã! tenho emprego! tchanã! tenho espaço! tchanã! muita e pouca gente na honestidade, na loucura e na preversão, no silêncio, na continuação e noutro capítulo, noutra short story! novos, novas, bons, boas, ainda é possivel! tchanã!ainda é possivel! ainda é ainda
 
quarta-feira, janeiro 21, 2004
 
smoking, or the perception of breathing

i answer to the air around me, i answer not
to the bubble that allows to sufocate

thin air
cold when clear thin cold air that allows me
to see oxygen

thank you
escuse me
inhale as you please
as long as


why do i deserve to breathe
and not you who made smoke so amazingly bearable?

 
 
life is so fuckin crazy. ja tenho tão poucos espaços de privacidade que me limitaram mais um: interface-to-face.
ja não sei do que é que toda a gente tem medo, se da intimidade se da falta dela. de facto, é um inverno longo e rigoroso. Estou orgulhosa de mim mesma, de ter aprendido a estar sozinha (será que a net conta?) Entretanto, todas as linguagens não verbais foram à vida, ou voltaram à vida (tens as mãos quentes ou frias?). Aprendi a tocar. Tenho medo de ser tocada. ainda. ainda. o circulo fecha-se. de que têm tanto medo?
não sei.ainda.
 
terça-feira, janeiro 13, 2004
 
Semana de halterofilismo mental: hoje o dia começou às sete e meia da matina, horas pornográficas para quem ja dormiu seis horas. Autocarro para Aveiro com os poucos elementos da Não Te Prives - Associação de Defesa de Direitos Sexuais para manifestar contra a criminalização do aborto em Portugal, que, a seguir à Irlanda é o único país da União Europeia a considerar crime o direito de uma mulher decidir sobre o seu proprio corpo. Desta feita, porque a lei ainda existe e o Governo é implacável para os prevaricadores, desta vez foi tudo a eito: mulheres, maridos e namorados, medico e enfermeiro. será que levaram os embriões como prova? Aveiro nem soube o que estava a acontecer, literalmente. Para alem dos canais televisivos e dos jornais locais, do omnipresente emplasto (ele proprio) e o seu FCP, e das associações e partidos envolvidos no projecto de um novo referendo, tudo foi muito morno. tirando o facto que era cedo e estava frio. talvez por isso. Estavamos de volta a coimbra para o almoço. Foi bom ver caras que me lembraram o verão escaldante do Acampamento Internacional de Jovens Revolucionários. Faltaram outras que julgava ir ver, as mulheres mais activas do PSR, o núcleo duro do feminismo libertário em português.
Não vi o noticiário nem ninguem me viu, porque me escondi atrás de um placard na altura do directo. eu estava a segurar a outra ponta da faixa. ao meio-dia.
 
domingo, janeiro 11, 2004
 
Life is so amazingly funny. Just funny. I'm playing "Dr Ruth" with my friends but frankly we are all too grown up for this. No dr can answer my questions. It's fun though. Need to set my agenda in order. To reset it. Control- alt (alternative)- delete. That's a simple answer. Task Managment in action. Abracadabra.
Nah!!
Sex and love, and love and loneliness and so on and so sexually alone and so fuckin' alone!! Not the same thing at all. Trying not to think of it too much or too often. Safer that way. I have much to think about the victorian garden-suburn, books and computers, cash-flow, jobs in boarding-schools, workshops in Lisbon, movies and film and bibliography, indoor painting and how-not-to-mess-my head-any-more-than-it-is.
things to do, places to go, people to see. The wizard of oz: if i only had a little bit of wisdom...

 
segunda-feira, janeiro 05, 2004
 
Novo ano!
Ao som do Michael Nyman mudo a tónica para uma austeridade entre o barroco flamenco e um nihilismo escuro, entre veludo, setim e cabedal, negro e vermelho.
Algumas frases para ti, amigo, algumas para nós e algumas apenas por mim e para mim.
Demasiadas perdas. O sentimento de vazio e de nudez por dentro e por detrás desta austeridade tipo couraça. Tipo moinhos tipo gigantes. Algures entre a Aldonça e a Dulcineia.

Paranoia e imaginação. Sempre mais para o abismo. Mais? Estou tão cansada. Tão cansada e tão só e tão triste. Chega? Tenho saudades de coisas simples que estão sempre lá para as maltratarmos e ficarmos fartas delas. Não sei o que te diga, porque por mais que me esforce, sobrestimas-me. Passo a vida a jogar jogos que não sei jogar. Bluff, teasing. Tu é que falas em trunfos e verdades. Soam-me a coisas demasiado preciosas para se jogar com elas. Não mas dês para apostar com elas. Demasiadas perdas e demasiado vício. Não sei. Diz-me tu. Deixa-me com o cansaço, a solidão e a tristeza que todos os dias insisto em afogar. Tipo atlântida tipo ofélia. E medo, tenho muito medo.





 

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